Como comunicar melhor

Não há uma lista de passos infalíveis para uma comunicação sem mal entendidos. No entanto, existem algumas coisas que podemos ter em mente para implementar ou evitar quando comunicamos como outros. Relembrar ainda que a comunicação acontece entre (pelo menos) duas pessoas, o que significa que o resultado não depende apenas de uma das partes. Deixo aqui algumas ideias para promover conversas mais eficazes:

• É impossível não comunicar: estamos em constante comunicação, mesmo em silêncio ou quando ficamos calados perante o que alguém disse/fez, isso transmite uma mensagem. Comunicamos com a nossa postura, tom de voz, expressão facial. Há muito mais do que as palavras propriamente ditas e devemos prestar atenção a isso, em nós e também nos outros.

• Sê consciente da comunicação não verbal: isto é importante porque nos pode ajudar a ser mais eficazes quando comunicamos. Por exemplo, estabelecer contacto visual ou direcionarmos o nosso corpo na direção de quem está a falar pode ajudar a que o outro se sinta ouvido e visto enquanto comunica.

• Qualidade não é sinónimo de quantidade: falar mais não significa comunicar melhor, sobretudo quando tentamos fazer isto ao forçar determinadas conversas quando o outro não está no mesmo mindset e com a mesma disponibilidade. Por exemplo, casais que estão sempre a falar sobre o mesmo assunto, não significa que estejam a comunicar eficazmente sobre ele. Talvez o tópico se repita constantemente por isso mesmo.

• Faz um scan ao que te rodeia: o ambiente em que nos encontramos impacta também a qualidade da nossa comunicação - num espaço barulhento, cheio de distrações e interrupções será difícil fazermo-nos ouvir e, por isso, de nos sentirmos ouvidos. Termos atenção ao ambiente em que comunicamos pode ajudar-nos a promover contextos mais “amigáveis” para conversar.

• Fala na primeira pessoa: cada pessoa tem a sua perspetiva da realidade. Desta forma, é útil que falemos na primeira pessoa. Por exemplo, ao invés de dizer “tu deixas-me triste quando dizes X ou Y”, dizer “eu fiquei triste quando ouvi X. É mais importante falares da tua experiência do que estar a apontar dedos.

Boas conversas,

MJ.